Sombras na Palace des Vosges, de Georges Simenon

 


“Não era mais silêncio à sua volta. Era algo de mais absoluto, de mais inquietante, quase irreal: uma ausência total de vida” 


Este foi o primeiro contato com a obra de Simenon e com um dos detetives mais famosos da literatura, Maigret.

Logo ao início do enredo teremos um assassinato de Raymond Couchet, empresário influente na região de Palace des Vosges. A partir de então, acompanhamos a investigação do caso com o detetive Maigret que, diferente de Poirot ou Sherlock Holmes, apresenta uma personalidade neutra e sem descrições muito trabalhadas a seu respeito. Os principais suspeitos do crime a Couchet são seu filho, ex-esposa e atual marido; e amante.A atmosfera geral do livro é de melancolia: nenhum dos personagens presentes são isentos de erros e problemáticas, característica a qual traz um teor humano a narrativa.

Ao contrário de outros grandes da literatura policial, o mistério contido na história é facilmente resolvido e sem grandes surpresas ao final, isto é, previsível até demais. O detetive, Maigret tem suas particularidades, mas senti algo breve em suas investigações a ponto de ser um pouco superficial. Deste gênero, minha preferência ainda é Agatha Christie e Sr. Arthur Conan Doyle. Em contrapartida, é uma excelente pedida para quem não tem o hábito da leitura ou até mesmo uma opção para ler intercalado a outros livros.

Uma leitura curiosa, porém não leria novamente.

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.

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