A profecia, de David Seltzer

 


“- Estes são tempos estranhos – murmurou ela suavemente.

-Sim.

-Será que as coisas vão voltar ao normal um dia?

-Creio que sim “


 

Livro o qual estava há muito tempo sem ter uma edição nova, chegou recentemente pela editora Pipoca e Nanquim e deixo aqui meus agradecimentos por esse feito, porque QUE LIVRO INCRÍVEL!!!

A Profecia forma junto ao Exorcista e Bebê de Rosemary as grandes tríades clássicas do terror. Entretanto, o livro foi escrito junto ao roteiro do filme, portanto, terá uma certa fidelidade fora do comum entre o filme e livro. Por essa mesma razão, temos uma experiência quase cinematográfica durante a leitura.

A narrativa inicia-se com apresentações simples dos personagens, porém muito bem feitas. Conheceremos Robert Thorn e sua esposa Katherine. Ele é um político de enorme influência, sorridente e bem-educado. Ao olharmos de longe, vemos uma família perfeita, mas suponho que eu e você já estamos crescidos o bastante para sabermos que isso não existe. Dessa maneira, ao adentrarmos mais na história, observamos essa esposa, personagem que particularmente gostei muito e até tive momentos fortes de identificação: Ela sofre de depressão, é bastante sensível e já sofreu alguns abortos, o que a deixa mais deprimida. Mas, desta vez ela engravida e ao que tudo indica, será promissor desta vez.

Mas, ocorre um problema: a criança nasce, todavia é dada como morta, fato o qual deixa Thorn abalado. Só que, o padre que fez o parto, dá-lhe uma solução: acabou de nascer uma criança neste mesmo momento, mas ao contrário do bebê do político, a mãe que morreu. Ele até pensa duas vezes, mas decide pegar essa criança e não falar para sua mulher, pois ela não precisa saber, não é mesmo? 

O nome dessa criança é Demian ( um nome muito sugestivo, inclusive) de poucas palavras (ou, mais especificamente, nem fala), mas extremamente observadora, bonita e graciosa.  Conforme o tempo passa, ele passa a demonstrar comportamentos estranhos tanto sobre ele mesma, quanto ao seu redor, isto é, eventos sobrenaturais.

A partir desse momento da narrativa, são regados a acontecimentos dos quais considero spoilers, portanto, não os irei relatar aqui, embora eu quisesse muito.

Quanto as minhas impressões de leitura: é, de fato, um livro assustador, por mais de demore um tempo para acontecer algumas coisas. Como já dito, foi um livro escrito concomitantemente com o roteiro, portanto, as descrições são bem criteriosas a ponto de imaginarmos muito bem as cenas ali dispostas. Eu o li de noite, portanto, vez ou outra fiquei pensando um pouco antes de dormir.

Para quem é fã de terror, é uma ótima pedida: sensação de medo e aflição; a questão do Santo e do Profano (que eu AMO) de forma trabalhada e até mesmo quase uma crítica a política e aparências. Além disso, estamos diante de um livro o qual o autor teve longos períodos de estudo da Bíblia, o que é muito visível durante a leitura, cuja qual tem diversas passagens do apocalipse, por exemplo.

Quanto à adaptação cinematográfica, tiveram várias, mas recomendo a primeira de 1977, sob a direção de Richard Donner e com o ator Gregory Pack. É MUITO BOM !!!

De fato, um excelente livro e filme.

Uma ótima, excelente leitura, adorei demais!!!

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.

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