Noites Brancas, de Dostoiévski

 


Publicado em 1848, este é o segundo livro escrito pelo autor, do qual faz parte dos livros que são antecessores à sua prisão. O título do livro refere-se a um fenômeno comum na Rússia, quando o céu não fica escuro por completo durante à noite. 

O enredo segue um personagem que se intitula como “Sonhador”, isto é, não é revelado o seu nome real. Ele tem aproximadamente vinte e seis anos e sempre perambula pelas ruas de St.Petersburgo após seu expediente, observando os prédios, as pessoas e ele mesmo até chegar à sua casa. Em um de seus passeios, ele avista uma moça muito jovem chorando e sendo perseguida por um homem estranho, logo começam um diálogo em que os conhecemos com maior profundidade. 

Esta foi uma releitura e, apesar de gostar da narrativa, definitivamente não é meu preferido do autor, pois o lado mais romântico de Dostoiévski não me atrai tanto quanto os mais depressivos, desesperados e questionáveis, como em Crime e Castigo e Os irmãos Karamázov. 

No entanto, é um livro perfeito para apresentar Dostoiévski para um adolescente ou jovens na faixa etária dos vinte e poucos anos, ou mesmo para pessoas que têm certo “medo” da literatura russa. Além disso, um livro interessante para alunos de ensino médio para o gênero romance e interpretação textual, pode ser que gostem.


Comentários

  1. Marco Antonio Serafim (menino) / marcoserafim@id.uff.br

    Crítica certeira! Esse Dostoeivski, de Noites Brancas, caminha por São Petersburgo tal qual faz em Sonho de um homem ridículo, e também não gosto desse tom romântico e utópico dele. Nada contra, mas ele brilha quando joga em outro campo, o da contrariedade e do desespero, como você observou.

    Bom achar de novo o Café por aqui!

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