Quando tinha cinco anos eu me matei, de Howard Buten
“Fiquei um
tempão sentado na minha cama. Só fiquei ali, sentado. Tinha alguma coisa errada
dentro de mim, eu sentia isso dentro da minha barriga e não sabia o que fazer.
Então deitei no chão. Estiquei o indicador e apontei para a minha cabeça. Aí eu
fiz boom com o polegar e me matei.”
“Nós já
identificamos o verdadeiro inimigo, e somos nós.”
Livro que faz parte da literatura contemporânea, publicado pela
editora Radio Londres em 2016 e também um dos mais famosos de seu catálogo.
Conheceremos Burt, um garoto o qual logo nas primeiras páginas
mostra-se uma criança normal, com uma imaginação rica, fértil e, por
conseguinte, um perfil sensível e até mesmo agressivo. Entretanto, conforme a
história avança, percebe-se que não apenas este personagem, mas todos os
indivíduos e personalidades contidas são muito mais complexas e confusas em
suas atitudes e discurso.
Caso você se interessa por narrativas que trazem questões
psiquiátricas e análises frente a um paciente, é bem provável que este livro
lhe interesse. Além disso, ao seu início, a narrativa é feita de maneira
não-linear, de forma que há quebras de tempo passando o efeito entre passado
para justificar o que está acontecendo no presente. Porém, o enredo chegando ao
seu final, traz uma confusão nos fatos, dos quais precisa-se de mais tempo para
se entender o que ocorreu, de fato. Mas é um livro,de todo, muito bom.
Recomendado.
Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.
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