Babbitt, de Sinclair Lewis

 


“Babbitt, que fora um menino cheio de confiança na vida, já não se interessava muito pelas aventuras possíveis, mas improváveis de cada novo dia.”

“Na verdade, a casa dos Babbitt só tinha um defeito: não era um lar.”

 

Publicado em 1922, este livro traz junto a uma linguagem satírica a vida fútil da burguesia norte-americana no século XX.

O enredo será voltado por Babbitt, um típico homem burguês de sua época: trabalha em uma grande empresa cujo ocupa um bom cargo, uma família composta por uma mulher e dois filhos e aparentemente respeitado pela comunidade a qual está inserido. Entretanto, a partir de seus argumentos ao início da história, percebe-se o tom de superficialidade do personagem, porém, conforme a narrativa se prolonga e o leitor passa a ter maiores conhecimentos sobre Babbitt, surge então a revelação de uma pessoa completamente vazia e, apesar de seu ótimo status social, uma falsidade consigo próprio.

Embora seja uma história escrita há muito tempo, é impossível não associar com a sociedade burguesa atual. Babbitt é um homem que não vive por si mesmo, mas pelos outros e a partir das opiniões das quais essas pessoas o julgarão. Dessa maneira, o leitor encontrará um homem preso as críticas alheias deixando de lado a sua espontaneidade, de forma que em vários momentos não se sabe exatamente qual a sua verdadeira personalidade.

É um livro do qual nos mostra como não conhecemos ninguém, de fato, mas sim o que deixam e deixamos transparecer.

Mais do que recomendado, necessário.

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.    

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