O chamado da floresta, de Jack London

 


“Alguma coisa estava errada dentro dele, mas não conseguiram localizar nenhum osso quebrado e não entendiam o que era”

 

Publicado em 1903, pode ser encontrado recentemente com os títulos “O chamado selvagem”. Antes de iniciar a leitura, é bom saber um pouco a respeito do contexto histórico para entendermos o que, de fato, acometeu Jack London a escrever tanto essa história, quanto Caninos Brancos. 

Contexto histórico

Agosto de 1896 foi o início de um período chamado corrida do ouro em Klondike , isto é, nesta época foram encontrados ouros em Alasca, motivo fundamental para que diversos garimpeiros migrassem e emigrassem para a região em busca dessas riquezas. Por essa razão, teve-se a questão do uso de lobos para carregar tais pessoas através de um instrumento parecido com esse:




A partir disso, foi uma época em que houve uma grande exploração desses animais, tornando até mesmo algo cruel. Jack London, por sua vez, foi um desses garimpeiros e tinha suas críticas a respeito de todos esses abusos aos lobos em questão. Dito isto, vamos a resenha.

 

O livro

Este e Caninos Brancos são os livros mais conceituados do autor, junto ao Lobo do Mar. Aqui encontraremos a trajetória de Buck, um cão doméstico que, apesar disso, tem uma aparência muito semelhante a um lobo, ou seja, um Husky Siberiano ou algo parecido, não fica exatamente claro durante o livro. Por conta desta aparência e depois de um golpe de um dos empregados da casa, ele é levado para ser um cão de trenó, onde será vítima de maus tratos.

O livro está em terceira pessoa, contado por um narrador onisciente o qual nos contará tudo o que se passa na cabeça do cachorro. Como já mencionado, serão descritas, diversas vezes, tratamentos violentos do ser humano perante aos animais e isso foi um pouco difícil de acompanhar. Mas, por conta disso também, percebemos a genialidade de Jack London para narrar de forma tão real os sentimentos do cão, que esquecemos que o livro foi escrito por um humano.

A adaptação cinematográfica é recente, de 2020, com Harrison Ford, dirigido por Chris Sanders. Ainda não o assisti, mas está disponível no TeleCine, para quem é assinante. 

Triste, agonizante, deixa o leitor incomodado e bem escrito, isto é, ótima história. Recomendadissímo.

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha

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