Caninos Brancos, de Jack London

 




“A sua perspectiva era sombria e materialista. O mundo que via era um mundo feroz e brutal, um mundo sem afetos, um mundo em que não existiam as carícias, a afeição e os encantos radiantes do espírito.”

 

Para muitos, depois de ler ao Chamado da Floresta torna-se, praticamente, obrigatório a leitura deste livro, pois ambos tem a mesma temática e também se passam na corrida do ouro em Klondike. Se depois de ler o livro citado você ficou decepcionado mais ainda com a humanidade e quer se desiludir ainda mais, venha comigo.

Publicado em 1906, agora chegou a vez de conhecermos Caninos Brancos, que ao contrário de Buck, em o Chamado da Floresta, ele nasce um lobo e vive durante muito tempo na vida selvagem, apenas com os seus semelhantes. Entretanto, ele é inserido aos pouco ao mundo civilizado através de índios que moram naquela região e mais a frente por outros humanos não tão bons assim, em grande parte, também, pela passagem dos garimpeiros em busca de ouro.  

Caninos Brancos superou muito as minhas expectativas. Senti que a leitura deste livro apresentou mais profundidade e reflexões, do que o Chamado da Floresta. A questão da expressão “Lobo Solitário”, comentada em demasia em nosso vocabulário. É uma narrativa, antes de tudo, sobre traumas, conflitos internos, o processo difícil de sair desse abismo e efeitos que as relações externas podem ter em uma pessoa. 

Tem a adapatação da Netflix, de 2018, dirigido pelo francês Alexandre Espigares, assisti e é bem bonito. Ademais, tem um outro, da Pixar, de 1992, participação do ator Ethan Hawke, com direção de Randal Kleiser o qual ainda não o assisti.

Recomendado com o todo o coração, só prepare-se para chorar e querer adotar um cachorro e chamá-lo de Caninos Brancos. Controle-se!

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.

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