A manhã de um senhor, de Liev Tolstói

 



“Julgava que uma vez encontrado o caminho sentiria sempre aquela mesma satisfação moral que se apoderou de mim quando me surgiu esta ideia”


Tolstoi é conhecido por ser um autor de romances espessos, porém era também excelente contista o qual trazia a seus contos a mesma profundidade e questionamentos.

O enredo é breve. Inicia-se com o anúncio do Príncipe Nekliudov, um jovem de dezenove anos e estudante universitário, decido abandonar seus estudos para dedicar-se às famílias camponesas. Essa notícia nos é mostrada através de uma carta para sua tia, a qual o aconselha a pensar melhor sobre a situação.

O conto contém menos de cem páginas e, assim como nas obras de Tolstói que tive oportunidade de ler, mostra um misto de sonhos e realidades sendo tratadas de forma até mesmo cruel e rápida. Tem-se a veemente crítica aos sonhos juvenis e a forma como a inocência dessa idade faz alguém agir por impulso e, consequentemente, gerando arrependimentos.

Não falarei muito mais a respeito, porque por ser uma narrativa curta, qualquer detalhe escorregaremos para spoilers. Esta minha edição está à venda pela Estante Virtual, pois é bem antiga. Mas, pelo que pesquisei, existe uma edição da  Companhia das Letras, com os Contos Completos do autor, a qual era publicado pela Cosac Naify .

Tolstói nunca é demais e doses de realidade são necessárias para que não sejamos ingênuos.

Até a próxima resenha e cuidado com as entrelinhas.

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