O caminho para a liberdade, de Arthur Schnitzler

 


“Mas, mesmo sem que ela pergunte e sem que eu responda, ela irá sentir que eu não volto o mesmo, que estou diferente de quando fui embora.”

“Meu caro Georg – replicou Nürnberger -, acho melhor não falarmos do futuro. Nem o senhor nem eu, nenhum de nós dois sabe onde neste instante está sendo tecido um fio do nosso destino.”

 

Publicado pela primeira vez em 1908, trará um retrato sobre a sociedade vienense nesta época. 

Conheceremos Georg, um homem que está passando por um momento de luto perante a morte de seu pai e, dessa maneira, teremos descrições sobre este seu processo repleto de lembranças, comportamento inclinando-se para a introversão e reflexões sobre o passado. Aos poucos, outro personagens, Heinrich, estabelece um laço afetivo bonito e estranho com Georg, o qual ajuda-o a enxergar sob outra perspectiva. Também Anna, a esposa de Georg, a qual está grávida e passa pela gravidez durante todo o recorrer do livro, um relacionamento, aliás, que deixa ao leitor diversas indagações todo o tempo se ambos realmente se amam.

Sinceramente, este foi não apenas um dos melhores livros que li até o momento, mas também um dos melhores que já li na vida e tornou-se um dos meu favoritos, pois me marcou bastante e acho que eu realmente precisava muito ler neste momento. Este foi um daqueles livros que depois de seu término, passamos alguns segundos pensando tanto nos diálogos, quanto nas passagens das quais descrevem o interior do personagem trazem a momentos muito bonitos e com frases de bastante impacto. Além disso, há a questão da solidão, do que é ser solitário, o distanciamento nas relações sociais, melancolia, ironia e momentos divertidos.

Mais do que recomendado!

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.

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