Se você me chamar eu largo tudo... mas por favor me chame, de Albert Espinosa

 



“Sentia que estava usurpando o lugar de outra pessoa que o conhecesse melhor, entendesse seu mundo e fosse digno de estar perto dele naquele momento difícil. Mas não havia mais ninguém; além disso, ele tinha dito que esse tipo de pessoa não existia mais em seu mundo...”

“-A felicidade não existe, Dani. – Foi uma das poucas vezes em que não acrescentou o ‘jovem’.-Só existe ser feliz a cada dia. Se vocÊ pensa no conceito global de felicidade, tudo cai por seu próprio peso. Olhe pela janela...”


Publicado em 2015, me chamou a atenção pelo belo título. A história, por sua vez, também não decepcionou, embora eu não tenha começado com grandes expectativas. 

Esse livro nos será contado em primeira pessoa por Dani, um investigador especializado em desaparecimentos de crianças. Bem ao início da história temos a descrição de uma briga de casal da qual resultará em uma separação e, consequentemente, desespero e diversos questionamentos neste personagem. Entretanto, no mesmo momento ele é chamado para uma ocorrência sobre o desaparecimento de uma criança em Capri, que por acaso foi onde Dani passou momentos de autoconhecimento quando mais jovem.

Há um detalhe neste livro que o diferencia de muitos do que já li e não direi por considerar um spoiler. Isso me chamou muita atenção justamente por nunca ter lido ou ouvido falar de um livro com este tipo de personagem. As passagens em que são contados as suas experiências, bullying e como sentia-se sozinho, diferente e à parte da sociedade, fez desse livro um dos meus preferidos da vida. A mensagem que ele me passa é que na realidade, todos somos diferentes de certa forma, a questão é que existirão pessoas que nunca nos aceitará a mesma proporção que outras gostarão de você pelo mesmo motivo o qual outros não.

Belíssimo livro, extremamente recomendado.

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.

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