O Silmarillion, de J.R. Tolkien



Depois de um longo tempo em minha estante, já um pouco empoeirado, finalmente li um dos livros que mais temia, O Silmarillion.

Não, não foi uma leitura fácil, na realidade, de tudo que li de Tolkien até o momento, foi uma das leituras mais complicadas do autor até agora.

Para você que já leu a trilogia O Senhor dos Anéis, é super fã e gosta dos personagens e da Terra Média no geral, assim como sou, é realmente uma leitura necessária, pois ao ler Silmarillion, percebemos que Terra Média que lemos na trilogia e em o Hobbit foram apenas breves episódios. 

No início, no momento da formação da Terra Média, pude comparar esses trechos com outros dois livros e seus episódios mais importantes, são eles: As Crônicas de Nárnia em sua origem e a própria bíblia, no episódio de Gênesis. Tolkien resgata elementos de literatura clássica grega, junto a mitologias criadas por ele mesmo e também poeticidade em grande escala.

“Em sete horas. A glória de cada árvore atingia a plenitude e voltava novamente ao nada; e cada uma despertava novamente para a vida uma hora antes de a outra deixar de brilhar. Assim, em Valinor, duas vezes ao dia havia uma hora suave de luz mais delicada, quando as duas árvores estavam fracas e seus raios prateados e dourados se fundiam.”
P. 32

“Assim começaram os Dias de Bem-aventurança de Valinor; e assim começou a Contagem do Tempo.”
P.32

Além de conhecermos os momentos iniciais da Terra Média, acompanhamos também a trajetória de criaturas e suas sociedades, as quais futuramente se tornarão elementos importantes para a era que forma o Senhor dos Anéis, são eles os Elfos, Anões, Homens, Sauron e, claro, o famosos anéis que seriam citados mais adiante dentre outros detalhes.

Ademais, um ponto chave para o entendimento da história são justamente as Silmarillis, jóias preciosas que provocam nos habitantes um interesse mutuo e nasce guerras extremamente violentas.  

O livro é muito, muito bonito. Entretanto, por se tratar de textos separados podem tornar a história um pouco confusa e cansativa. No entanto, para quem já conhece a escrita de Tolkien, pode já ter reparado a forma delicada, sutil e harmoniosa o qual ele descreve tanto os personagens, quanto o ambiente ou até mesmo as cenas mais trágicas, bélicas e de tristeza. Houve, no inicio uma dificuldade, não nego, mas a leitura foi mais veloz e prazerosa do que eu imaginava.

Portanto, tire o seu Silmarillion da estante, não tenha medo e tire suas próprias conclusões.

Uma boa leitura para vocês e cuidado com as entrelinhas !

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