O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman
Neil Gaiman é um dos autores contemporâneos com maior
notoriedade no mundo literário. Além dos seus romances, a HQ Sandman trouxe
sucesso absoluto a Gaiman.
Hoje, no entanto, a resenha será sobre um dos primeiros de suas incríveis histórias: O Oceano no Fim do Caminho. O livro nos apresentará o personagem, sem
identificação, tratado apenas como um homem o qual visitou sua terra natal. Ao
chegar lá, com a ajuda de alguns detalhes, recorda-se de muitos acontecimentos
dos anos de sua infância.
A partir de então o livro irá se focar na infância do rapaz, sua
paixão por gatinhos, livros, sua amiga Lettie Hampstock e as variadas aventuras
de cunho extremamente surrealista-fantástico que ocorrerão durante sua trajetória.
“Gostei
disso. Livros eram mais confiáveis que pessoas, de qualquer forma.”
P. 18
“-Sinto muito- lamentou Lettie. Nós andávamos sob um dossel de
macieiras em flor, e o mundo cheirava a mel. – Esse é o problema com as coisas
vivas. Não duram muito. Gatinhos num dia, gatos velhos no outro. E depois ficam
só as lembranças. E as lembranças desvanescem e se confundem, viram borrões...”
P. 58
O enredo tem um viés melancólico muito presente. A principio,
podemos pensar que é apenas uma história de uma criança para com situações
estranhas, no entanto, temos muitos elementos sociais e psicológicos que tratam da questão adulto e
criança. Além disso, a maneira como muitas vezes não escutamos ou levamos a sério
determinadas teorias ou histórias das quais as crianças contam.
É um livro para refletir e, antes de tudo, provocar-nos a
empatia e respeito diante da infância. Ademais, é contado com uma sutileza e prestatividade.
Uma boa leitura a todos, até a próxima resenha.
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