O Sol é Para Todos, de Harper Lee



Livro do qual a leitura é obrigatória em muuuuuitos colégios públicos nos Estados Unidos e em alguns da Europa, é relançado em uma nova edição no Brasil. É equivalente as nossas leituras obrigatórias como os clássicos de Machadão e Eça de Queiroz. 

Embora seja conhecido a principio pela questão racial inserida no livro, digamos que a história da pequena cidade, Maycombe, retrata antes de tudo a empatia e a aceitação ao outro. 

Dizer que o é o livro único da autora Harper Lee pode ser um erro pois existe a continuação, o Go Set a Watchman ( em português "Vá, Coloque um Vigia"). Contudo, O Sol é Para todos  tornou-se seu clássico e além de tudo, um convite para a reflexão a diversos âmbitos sociais. 


A narração fica por conta de Jean Louise, na qual sua idade inicialmente beira aos seis anos, mas conforme a leitura prossegue ela e seu irmão Jem e seu amigo Dill, envelhecem. O trio de amigos, vivem e praticam muitas brincadeiras inclusive ruins para com Boo Radley, um vizinho que não sai de casa há tempos e causa muita curiosidade na criançada. Enquanto isso os conflitos que ocorrem na cidade naquela ocasião dão sequência.




“-Por que você acha que Boo Radley nunca fugiu?

  Dill deu um longo suspiro e virou de costas para mim.
-Vai ver que ele não tem para onde fugir...”
Lee, Harper. P. 181. Ed. José Olimpio. 2017


A segunda parte do livro é mais focada nos adultos; Atticus, pai de Louise e Jem, é um advogado de renome no qual depõe a favor de um caso de estupro envolvendo um negro. Entretanto, o desenrolar da história traz consigo as questões raciais, preconceito tudo sob o olhar das crianças. 





“Queria que você a conhecesse um pouco, soubesse o que é a verdadeira coragem, em vez de pensar que coragem é um homem com uma arma na mão. Coragem é fazer uma coisa mesmo estando derrotado antes de começar. (...) e mesmo assim ir até o fim, apesar de tudo. Você raramente vai vencer, mas às vezes vai conseguir”
Lee, Harper. P. 143. Ed. José Olimpio. 2017

  
“- Se tio Atticus deixa você andar por aí com qualquer um, é problema dele, como diz vovó não é culpa sua. E acho que também não tem culpa se tio Atticus adora pretos, mas saiba que ele envergonha a família inteira...”



Embora a tradução para português do título cause muitas polêmicas, não foge do conceito geral do romance além de no Brasil não ser área típica para um Monckibird, no caso, esta coisinha fofa:

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Entretanto, as partes em que são citadas tal pássaro foi modificado, na edição em li para rouxinol e dependendo da edição será o sabiá. Tipicamente brasileiro, não é mesmo?! 


Foram aproximadamente três capítulos por dia, mas a leitura é perfeita para quem não tem taaanto de ler e mesmo assim quer algo rápido, todavia apesar de não ser difícil nos traz momentos de reflexão. 


Uma nova tiragem foi feita, mas é encontrado facilmente em pdf e e- pub para a sua leitura. Links abaixo :




Tenham uma boa leitura!!!




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