A garota que lê no metrô, de Christine Féret-Fleury

 


“-O vento – Diz Firouzeh-, o vento... Vá lá fora, Juliette, vá respirar. Vá escutar o vento. Você passou tempo demais trancada com os livros. Como ele. Tanto os livros, quanto as pessoas precisam viajar.”

 

Livro publicado em 2020, a autora francesa traz uma narrativa metalingüística e uma declaração de amor aos livros, tanto ao objeto quanto às ideias das quais podem ser retiradas, de maneira que pode mudar vidas e situações.

O enredo é narrado em terceira pessoa a história de Juliette – não, não a do BBB – uma moça a qual leva uma vida bem simples, trabalha em uma imobiliária e tem como hábito ler muitos livros no metrô a caminho do trabalho. Tem uma colega que, a princípio, parecer ter costumes e ideias superficiais, porém tranquila. Entretanto, um dia encontra duas pessoas Soliman e Zaïde, pai e filha, respectivamente, e mudanças e laços de amizade acontecerão.

A ideia da história, a capa do livro, as ilustrações nele contidas são muito boas, contudo a prática não tão bem executada. Durante os primeiros 13 capítulos tudo soa confuso, além disso, é escrito de maneira a qual pode-se definir como prosa-poética, estilo que se bem feito fica lindo, mas não tanto parece exagerado e forçado, o caso deste livro. Não é de todo ruim, Juliette é uma personagem bastante cativante, traz consigo a inteligência misturada a uma sensibilidade espontânea, a relação entre ela e os demais também bem legal, além de ter muitas referências literárias e dicas de livros; porém, faltou algo.

Dessa maneira, recomendo para que você leia quando puder, tire suas próprias conclusões, pois vi diversas pessoas que amaram o livro e pode ser que estava apenas um pouco amarga durante a leitura e acabei tendo uma má impressão.

Cuidado com as entrelinhas, até a próxima resenha.

 

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