O talismã, de Stephen King



Nesta autoria dupla encontramos uma história repleta de fases, lutos e ruptura da inocência, aproximando-se de um romance de formação.  

O enredo inicia-se com a apresentação de  Jack, um pré-adolescente de doze anos que se mudou recentemente para uma nova cidade, pois sua mãe está doente e preferiu passar por tal situação afastada de todos. No entanto, a partir desse deslocamento, Jack sente-se cada vez mais sozinho, com saudades da antiga escola e colegas, agora distantes. 

Assim como a maioria dos livros de King, a construção de ambientação é prolongada por muitas páginas e, nesta narrativa, não é diferente. Passa-se, aproximadamente, duzentas páginas até entendermos o objetivo da história, para conhecer a trama e os personagens. Mas isso não é ruim, pois há uma atmosfera curiosa e sombria das quais nos instiga a continuar. 

Não é um livro com linguagem difícil, mas é extremamente descritivo e os momentos de ação, além do clímax demorarem  muito para ocorrerem. No entanto, é um livro sobre diversos assuntos como o luto de pessoas ainda vivas, de si próprio e a estrutura relatada por Joseph Campbell em A jornada do herói. Em alguns momentos, é entediante e muito denso, e apesar de ter gostado, não foi meu preferido do autor. 

Recomendado, mas se puder pegar outro do Stephen King faça isso. Faltou algo e, para quem já leu outras coisas do autor, fica a sensação de que ele é capaz de fazer histórias melhores. 

Cuidado com as entrelinhas e até a próxima!


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