Bobók, Fiódor Dostoiévski





“Acho que o mais inteligente é quem ao menos uma vez por mês chama a si mesmo de imbecil – capacidade de que hoje não se ouve falar”.

Bobok é uma das novelas que faz parte de imensas coletâneas de novelas Dostoiévskianas.

A história inicia-se com o personagem, provavelmente bêbado, através de um fluxo de consciência em que é tecido sobre percepções muito confusas.

O personagem acaba por parar em um cemitério e, nós leitores, somos levados a descrições do que esse narrador passa ouvir de dentro dos túmulos. A partir de aqui somos levados a uma gama de relatos dessas almas que, por não serem mais barrados pelo medo do julgamento do mundo da vida, são cunhados de extrema franqueza sobre questões sociais, filosóficas e a respeito do que foram em suas existências.

A novela é então baseada em diálogos satíricos a respeito da sociedade e é muito semelhante ao romance brasileiro Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.  

É uma leitura muito rápida e, assim como todas as obras de Dostoiévski,  é dotada da capacidade de convidar o leitor a uma série de reflexões a respeito do nosso papel no corpo social, ambições, hierarquias, noções de poder e o quanto isso é totalmente descartado quando estamos mortos.

A linguagem é muito acessível e o livro está disponível integralmente no site Lê Livros AQUI.

Uma boa leitura a todos.

Cuidado com as entrelinhas.



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