Uma dobra no tempo, de Madeleine L’engle
“-Não olhamos para as coisas que você chama de visíveis, mas para as coisas que não se vê. As coisas que são vistas são temporais. As coisas que não são vistas são eternas.”
Publicado pela primeira vez em 1962 é uma das obras mais importantes da ficção científica com ênfase em viagem temporal. Este é o primeiro de cinco livros.
A história é narrada em terceira pessoa e seguirá a família Murray, sendo a personagem principal Meg Murray. Ela é uma jovem de onze ou doze anos, com personalidade geniosa, um pouco temperamental e solitária. É filha de pais cientistas, o que a faz receber uma enorme pressão referente às suas notas; é a mais velha de quatro irmãos, sendo eles Charles e dois gêmeos, sendo a mais apegada ao primeiro.
Assim como a maioria das histórias de ficção científica, a estrutura presente será a jornada do herói, isto é, tais personagens vivem suas vidas normalmente até ocorrer algo inusitado, fazendo-os sair dessa zona de conforto.
Constantemente ouço um conselho clichê e ele é “não crie expectativas, seja por qualquer coisa”. Claro, pode soar até mesmo pessimista, mas a verdade é que alguns clichês deveriam realmente ser seguidos e, no caso deste livro, eu realmente deveria ter escutado o tal conselho clichê, pois criei expectativas altas, mas muito altas para esse livro. O título, a capa, a sinopse tudo me fez acreditar que seria uma boa experiência, mas confesso: não foi.
A ideia do livro é muito boa, mas a execução não foi feliz. Os acontecimentos ocorrem de maneira extremamente rápida e sem uma boa “costura” dos fatos. Claro, talvez para quem está iniciando a leitura de ficções científicas e fantasias não perceba isso, mas depois de ler outras obras como Julio Verne, Isaac Asimov, Philip K. Dick, Arthur C. Clark ou Tolkien, não conseguimos ler esse livro com uma enorme crítica. E os personagens… não consegui me conectar a nenhum deles.
Bom frisar que não é um livro ruim, mas poderia ser melhor. Bem melhor.
Porém, este é o primeiro livro da coleção e vou dar continuidade à série. Dessa maneira, vamos confiar que melhore.
Cuidado com as entrelinhas e até a próxima resenha.
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