O dia do curinga, de Jostein Gaarder
“Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma
figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de
copas e nem de espadas. Não é um oito, nem nove, nem rei e nem valete. E um
caso à parte; uma carta sem relação com as outras. Ele está no mesmo monte das
outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separado do monte
sem que ninguém sinta falta dele.“
O autor é conhecido pela obra O mundo de Sofia, considerado um dos maiores livros de literatura filosófica infantojuvenil. Porém, além desse romance há diversos outros publicados por ele com essa temática, como é o caso de O dia do curinga.
Durante a
narrativa, seguimos a trajetória de Hans e seu pai que saem em busca da mãe do
garoto, Anitta, na qual saiu de casa há muitos anos sem dar maiores
explicações. Assim, durante a jornada Hans ganha um pequeno livro de presente,
mas ele passa a perceber algumas coincidências estranhas entre o enredo do
livro e à sua vida real. Junto a isso, diversas discussões entre Hans e seu pai
sobre mitologia grega, filosofia e literatura.
Para quem
tem vontade de ler O mundo de Sofia, mas o acha um calhamaço e não quer
enfrentar tudo aquilo de uma vez, sugiro iniciar com O dia do curinga, pois é
bem semelhante, porém menor. Além disso, apesar de ser um livro classificado
como infantojuvenil, não é um livro do qual subestima a inteligência do
adolescente, de forma que pode ser usado em aulas de filosofia ou de literatura,
de forma interdisciplinar. Ademais, é um livro que apresenta diversas reflexões,
questionamentos e de conteúdo bastante profundo, de maneira que não é um livro
para se ler rápido, mas sim devagar e sentindo aos poucos.
Recomendado!!!
Cuidado com
as entrelinhas, até a próxima resenha.
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